Moto RAZR por 1500 Dólares - Realmente Vale a Pena ou Foi um Erro da Motorola capa

O lançamento do Moto RAZR chamou a atenção e, assim como o Samsung Galaxy Fold, também desperta muitas dúvidas quanto à durabilidade e ao preço gigante desses smartphones.

Um ícone remodelado para dias atuais

O Moto RAZR é uma evolução de um grande clássico, o Motorola V3 ou RAZR V3, para os perfeccionistas. A linha RAZR sempre trouxe um design diferenciado como destaque e dessa vez não é diferente, como você pode ver na comparação entre os dois aparelhos:

A nostalgia é o bastante para o RAZR?

Muita coisa mudou em 15 anos desde o lançamento da primeira versão do aparelho; sistema Android e uma moderna tela flexível, além de especificações de câmeras, que evoluíram bastante. A Motorola nesse caso apela para o saudosismo para vender o RAZR, porém, o gostinho de ter um celular de flip não é o suficiente para esconder quatro especificações questionáveis da nova versão: a tela flexível, a bateria, o processador e por último o que mais deve incomodar os interessados: o preço.

Moto RAZR e Samsung Galaxy Fold mostrando suas telas flexíveis

A tela flexível já é conhecida desde o lançamento do Galaxy Fold e seus problemas com a fragilidade. A Motorola parece ter investido bem mais na construção do aparelho do que a sul-coreana, porém, fica a grande dúvida sobre a durabilidade que apenas será sanada quando os primeiros testadores receberem o aparelho, afinal, ele ainda não está sendo entregue ou vendido nos EUA, onde foi lançado. As unidades para demonstração foram disponibilizadas apenas no dia ou com reserva por tempo limitado após o evento. Quanto à segunda dúvida, o Snapdragon 710 deve ser suficiente para rodar pelo menos a maior parte dos aplicativos da Google Play, porém, não é o que esperamos de um top de linha e mais a frete vamos tratar disso.

Outro ponto intrigante é a bateria, que é bem menor se comparada aos aparelhos atuais, que tem em média pelo menos 3000mAh enquanto que o RAZR tem apenas 2510mAh. Isso pode desapontar alguns, mas vale lembrar que ele não é um smartphone Gamer, esse não é o foco dele, então a bateria deve durar bem, ainda mais com a tela externa OLED que permite ler notificações e responder elas sem precisar utilizar a enorme tela de 6,2 polegadas no interior do celular que também é OLED e deve aproveitar muito bem o modo escuro do Android 10 para economizar energia.

Toda essa saudade vale realmente os 1500 dólares?

Agora falando de preço, não há muito o que dizer: 1500 dólares ultrapassa a marca de 99% do mercado atual de smartphones nesse quesito, perdendo apenas para 1980 dólares do Galaxy Fold da Samsung, 2400 dólares do Huawei Mate X e 11 mil reais do Mi Mix Alpha no topo da ostentação e da inovação que pega pesado no bolso.

Mas não podemos esquecer que a Motorola parece ter tentado mudar o jogo com o RAZR; atualmente focamos muito em especificações, ou seja, o que o aparelho tem de potência no processador, memória RAM e armazenamento, além de câmeras e uma tela legal, porém, esquecemos que os celulares atingiram um novo patamar com o lançamento de alguns modelos icônicos como o V3: o foco em uma experiência de uso. Diversas marcas focaram em oferecer o que seus consumidores queriam com modelos dedicados, como acontecem em aparelhos gamers no caso do ROG Phone II, da Asus.

ASUS ROG PHONE II

O novo modelo da Motorola tem essa missão: reviver uma experiência, onde o aparelho não ocupa tanto espaço no bolso e agiliza o que ele foi feito para fazer: facilitar a sua comunicação. O flip facilita muito atender e recusar chamadas, além de permitir selfies utilizando a câmera principal do smartphone, além de ser muito estiloso, é claro. Afinal, muitos celulares já foram e ainda são acessórios para expressar quem você é. Atualmente temos diversos aparelhos que moldam a forma como vemos o mundo e como ele nos vê e o preço disso pode ser muito alto, como vemos na etiqueta desse smartphone.

Se vale a pena, bom, isso cabe ao consumidor decidir e de fato é muito relativo, mas atualmente, para a maioria das pessoas a resposta é “não”, mas para o futuro do smartphones com telas flexíveis a resposta é um grande “sim”. Para completar é preciso dizer que a tecnologia precisa inovar, mas ela precisa ser acessível para fazer diferença, o que ainda não é o caso, mas pode ser num futuro próximo e a Motorola acaba de dar um pequeno passo para tornar isso mais acessível.

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